terça-feira, 1 de agosto de 2017

NOVAS LEIS DO JOGO

A World Rugby juntou às Leis experimentais já em uso, novas alterações das Leis do Jogo que terão aplicação no Hemisfério Norte a partir de hoje, 1 de Agosto. Objectivamente estas alterações pretendem tornar o jogo mais fácil de entender por jogadores, árbitros e espectadores para além de aumentar a possibilidade de circulação da bola e velocidade do jogo. 
São estas as alterações recentes:
FORMAÇÃO ORDENADA
    1. Introdução (Lei 20.5 e 20.6 d)) - deixa de existir qualquer sinal do árbitro e quando após a sequência de vozes de construção a FO se encontrar estabilizada a bola pode ser introduzida - volta-se ao “antigamente” - de onde, aliás, nunca se deveria ter saído - com vantagem para a equipa que introduz que pode utilizar o “tempo” em seu favor e com prevalência da técnica sobre a força pura. O introdutor da bola, embora obrigado a lançar a bola numa linha paralela às linhas de ensaio, pode colocar o seu ombro exterior sobre a linha separadora da formação das duas equipas - ou seja, o seu corpo poderá ocupará a projecção do espaço correspondente ao tronco do seu pilar mais próximo, permitindo assim uma vantagem para a sua equipa de acordo, aliás, com o que estabelece o Código do Jogo ao escrever que “a equipa que introduz ou lança a bola deve sempre beneficiar de uma certa vantagem, embora, também aqui, seja importante que estas fases do jogo possam ser equilibradamente disputadas.”;
    2. Talonagem (Lei 20) - logo que a bola toque, dentro do túnel, no chão, qualquer jogador da 1ª linha a pode disputar com qualquer pé e um dos jogadores da 1ª linha da equipa introdutora deve procurar taloná-la. Ou seja, tendo a vantagem da introdução e da distância, a equipa introdutora não pode procurar a conquista da bola apenas pelo empurrão - um dos jogadores deve levantar um pé e procurar tocar na bola;
    3. Mãos na bola (Lei 20.9 b) - excepção) - o Nº 8 pode retirar, com as mãos, a bola dos pés dos seus Bases - segundas-linhas. Esta possibilidade que já se ia vendo na prática garante a continuidade do jogo, evitando a repetição de Formações Ordenadas;
    4. Formação Ordenada - número de jogadores - Numa forma de evitar abusos ou vantagens, as formações ordenadas sem contestação serão sempre jogadas em 8x8 mesmo que uma das equipas tenha menos de 15 jogadores; 
PLACAGEM (Lei 15.4 c)) 

    1. Placador - para jogar a bola o placador tem que estar de pé e só pode fazê-lo  do seu lado do campo e entrando pela “porta”. Esta alínea da Lei 15, ao tirar direitos ao placador, traduz uma alteração táctica importante e vai garantir uma maior continuidade de jogo ofensivo;

RUCK  (lei 16)
    1. Definição - passa a haver duas definições do ruck. Uma, como sempre - dois jogadores adversários em contacto com a bola, entre eles, e no chão. Outra, apenas para a situação de placagem, acabando assim com a possibilidade mostrada pela Itália contra a Inglaterra no último Seis Nações. No caso da placagem - placador e placado no chão - o ruck começa, com imediata definição de linhas de fora-de-jogo, logo que um jogador apoiado nos seus pés cobre a bola. Situação que vai permitir o início de um ruck com um jogador a cobrir a bola que pode já estar afastada, embora controlada, do corpo dos jogadores que se encontram no chão. A bola pode, desde que de imediato, ser jogada com as mãos até haver contacto com um adversário;
    2. Chutar a bola - num ruck um jogador não pode chutar a bola para a frente em direção não da área de ensaio adversária. O movimento de jogar com o pé fica assim restringido apenas á possibilidade de talonar;
ENSAIO DE PENALIDADE
    1. 7 pontos - os ensaios de penalidade passam a valer 7 pontos e deixam de ter tentativa de transformação;
LEI DA VANTAGEM
    1. Escolha - quando houver, numa situação de aplicação da lei da vantagem, uma sequência de faltas, o “capitão” pode escolher a que considera melhor vantagem para a sua equipa;
TEMPO DE JOGO
    1. Terminar o jogo - se houver uma penalidade com o tempo de jogo já terminado e a bola for chutada para fora, o alinhamento deve ser jogado. Significa que, com esta precisão e se o jogador pretender dar o jogo por terminado, terá que jogar a bola, dando-lhe um toque com o pé e chutando-a então para fora;
BOLA FORA
    1. Manter a bola em jogo - ao contrário de outras situações em que conta a posição da bola em relação ao plano da linha e não a posição dos pés do jogador - bola fora dos 22m ou área de ensaio e pés dentro dos 22m ou área de ensaio, tudo se passa como se a bola fosse transportada para dentro dos 22 ou da área de ensaio - nas bolas fora se um jogador saltar com os pés dentro do campo e tocar a bola - mesmo que ela tenha ultrapassado o plano da linha - para dentro do campo, mantém-se a continuidade do jogo. Esta decisão facilita o jogo em situações de pontapés cruzados em que, muitas vezes o jogador salta para fora do terreno e, no ar, joga, apenas com uma mão, a bola para dentro do terreno para ser apanhada por um companheiro.

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